Jornal faz críticas a Claudia Leitte

7/14/2010 Unknown 12 Comentarios

O Jornal Folha de Pernambuco faz críticas ao novo trabalho da Claudia Leitte o CD "As Máscaras" Segundo a matéria, escrita pelo jornalista Talles Colatino, Claudia Leitte tenta se vender como uma Lady Gaga tupiniquim, mas acaba se aproximando mesmo é de algo entre Kelly Key e Wanessa Camargo.

Talles ainda vai mais longe e classifica o novo CD como infantil e bobo, afirmando também que a musa é metida e tenta ostentar uma imagem que não é dela. Para piorar ainda mais a situação da loira, o jornalista afirma ainda que musicalmente Claudia é inferior à Ivete Sangalo.

Confira a Matéria completa:

Cláudia Leitte não levanta mais poeira
Em “As Máscaras” ela experimenta, mas sobra fragilidade no processo musical.

TALLES COLATINO

É no mínimo curioso o fato do novo disco de Cláudia Leitte atender pelo nome de “As Máscaras”. Criada e moldada para render não mais que meros axés rebolativos, a carioca/baiana tenta provar nesse novo trabalho que pode ser uma camaleoa sonora. O resultado apresenta uma Cláudia Leitte ostentando uma imagem que não é dela: metida em um figurino futurista e “ousando experimentar” musicalmente. Essa experimentação, porém, ao invés de apontar para uma evolução sonora, acaba ressaltando a fragilidade de todo o processo musical no qual ela está inclusa.

Em tentar se vender como uma Lady Gaga tupiniquim, Cláudia Leitte acaba se aproximando de algo entre Kelly Key e Wanessa Camargo. Soa tão infantil quanto bobo o trabalho que é trazido em “As Máscaras”. E não haveria maiores problemas nisso - afinal, todas elas pertencem ao mesmo nicho de produção e recepção - não fosse o passo para trás que dá diante da concorrente, Ivete Sangalo.

Ivete já atinou que é “diva do carnaval”, e não é o suficiente para manter uma carreira produtiva. Ivete e Cláudia são jovens, de músicas animadas e público alvo definido. Mas é no ir além do “feijão com arroz” que têm a oportunidade de mostrar seus calibres. Ivete, que fez parceria tanto com Bethânia e Gil quanto com Aviões do Forró, denota uma inquietação artística muito mais interessante que o que Cláudia apresenta.

A loira, em “As Máscaras”, tentou flertar com o pop dance produzido nos EUA e Europa e com essa onde de “reggae fofo” que artistas como Jason Mraz e Colbie Caillat têm segurado. O problema que a mescla dessas vertentes com a atmosfera da música baiana acabou resultando num pastiche sonoro.

A música que abre e dá titulo ao trabalho é um exemplo. O sotaque de um inglês mais baiano que nunca surge com os dizeres em voz robótica: “Don’t ask, don’t mask, just dance” e um gemido logo em seguida. Algo que para uma Christina Aguilera talvez até passasse despercebido, mas não numa artista pop brasileira que já tem respaldo suficiente no axé para produzir um trabalho bacana nesse segmento, sem precisar forçar a barra para soar o que na cabeça de sua produção seja moderno. Igualmente constrangedora a faixa “Famo$a” (sim, com esse cifrão à lá Ke$ha mesmo), que chupa da base das baladas reggae de Jason Mraz para cantar versos sem muito valor de sentido como “Eu quero ser muito famosa e ter o seu amor, mas também quero sentar no sofá do J””. Para uma artista que é extravagante por natureza, é difícil perceber que, muitas vezes, menos é mais. O problema de Cláudia é justamente não abrir espaço para esse menos e conseguir fazer de um disco “multicultural” soar completamente disfuncional.

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